- alcatrão
- alcaçuz
- castanhas
- baunilha
- canela
- pimenta verde
- violetas
- rosas
- ameixas secas
- bolo de frutas
- tabaco
- chocolate amargo.
Há registros da existência da uva Nebbiolo no Piemonte, desde 1235. Esta uva que regionalmente também é conhecida por Spanna, resulta em outros vinhos também muito bons, como: Barbaresco, Bramaterra, Boca, Carema, Fara, Ghemme e Nebbiolo d’Alba. O Gattinara, outro grande vinho de longa guarda do Piemonte, é produzido com a Nebbiolo (90%) e Bonarda (10%) Porém o grande expoente é mesmo o Barolo, que deve necessariamente envelhecer por 3 anos na cantina sendo dois em madeira, ou 5 anos (três em madeira) para os Riserva. Barolo está dentro da região chamada de Langhe, a 40 km de Asti e 70 km de Torino. Onze comunas compõem as colinas de Barolo. São divididas em colinas da esquerda, com solo mais compacto produzindo vinhos mais austeros e de guarda: Castigliane Falletto, Diano DÀlba, Grinzane Cavour, Monforte D`Alba, e Serralunga D`Alba. Do outro lado, nas colinas da direita, com solo mais macio, melhor drenagem e vinhos para serem consumidos mais jovens: Barolo, Cherasco, La Morra, Novello, Roddi e Verduno. Combinações ideais para um Barolo:
- Pratos selvagens com carnes de caça de pelo.
- Carnes especiais condimentadas e untuosas.
- Pratos tartufados quando estruturados.
- Quando jovem o Barolo vai bem com antipasti.
- É sempre um “vino da meditazione...”
Na cidade de Barolo existe uma enoteca muito interessante: “Enoteca Regionale Del Barolo”, que promove encontros, e eventos ligados ao vinho Barolo, essa enoteca conta também com um museu, uma adega e sala de degustação. http://www.enoteche.ne. Devemos esta glória de vinho à sra. Giulia Colbert, a Marquesa Falletti di Barolo, que enciumada da preferência dos nobres italianos pelos vinhos franceses, mandou chamar um enólogo da Bourgogne, de nome Louis Oudart, que introduziu métodos de enologia que corrigiram a maturação do vinho local, que anteriormente era adocicado, leve e inconstante e transformou-o no famoso Barolo. Ou seja, há mãos francesas no nascimento do Barolo... Oudart fez tanto sucesso com seu trabalho no Barolo, que foi contratado também pelo Duque de Cavour em seu Castelo Grinzane e por Vittorio Emanuele que transformou sua casa de caça de Fontanafredda em Serralunga D’Alba num grande vinhedo de Nebbiolo. Essas “aziendas” produzem Barolos até hoje. Há uma história deliciosa sobre o Barolo: Conta-se que em 1922, Edward, o então príncipe de Gales, herdeiro da corôa da Grã Bretanha, Irlanda e India, visitou a Itália. Solteiro, era considerado "o melhor partido da Europa". Em Roma foi recebido com um banquete por Vittório Emanuelle III. O soberano queria mesmo era apresentar-lhe a filha mais velha, Jolanda, também solteira. Sua intenção era ver se o príncipe se interessava em casar-se com Jolanda. Porém, apresentaram-lhe também na mesma noite o Barolo, que teve total preferência do Príncipe de Gales. Êle bebeu tanto do vinho que saiu oferecendo dele a todos os presentes. Até os guardas que estavam à porta do salão tomaram do Barolo oferecido. Edward mal se dirigiu à pobre princesa. Foi um escândalo. Saúde!
O Barolo é um vinho excepcional que costuma arrebatar fanáticos apreciadores conhecidos por “Barolistas”. Sua uva Nebbiolo costuma ter uma evolução na taça que impressiona. Os aromas e sabores vão se alterando constantemente, seduzindo o degustador.
MATERIA RETIRADA DO BLOG DEGUSTATE.
postado por:
Rodrigo Cacholi.
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