Durante a minha faculdade de arquitetura, no final dos anos 90, um dos meus maiores desejos acadêmicos, era o de visitar uma Exposição Universal.
As "expo universais" acontecem desde o final do século 19, e historicamente sempre reuniram as vanguardas no campo das artes da cultura e tecnologia, do mundo inteiro, e sempre nos deixam um legado, como no caso da célebre Expo de Paris em 1889, na qual foi construída a Torre Eiffel.
As "expo universais" acontecem desde o final do século 19, e historicamente sempre reuniram as vanguardas no campo das artes da cultura e tecnologia, do mundo inteiro, e sempre nos deixam um legado, como no caso da célebre Expo de Paris em 1889, na qual foi construída a Torre Eiffel.
Este ano a Expo acontece pela segunda vez na história em Milano, e por um destes caprichos do destino, foi justamente este ano que tive a oportunidade de visitar uma Exposição universal.
O tema deste ano não poderia ser mais oportuno: Alimentar o planeta: Energia para a vida.
O tema deste ano não poderia ser mais oportuno: Alimentar o planeta: Energia para a vida.
Este tema trás à tona a desafiante questão da geopolítica mundial da alimentação, sintetizada no paradigma do nosso tempo, habitarmos onde cultivamos o nosso amanhã.
Pegando carona neste tema, a Itália soube explorar, com seu Palazzo Italia, a incrível diversidade cultural e gastronômica de seu território, virtuosamente representados em cada uma de suas regiões.
Implantado transversalmente ao Decumano, no passeio denominado Cardo, mostrou o melhor de sua gastronomia regional com joias como o Prosciutto di San Daniele, Trufas do Piemonte... e o espetacular pavilhão Vino Italy, onde tive o prazer de experimentar sensorialmente tudo o que tem de melhor em vinhos na Italia.
Experiência sensorial do Vinho: cores e nuances
E por fim, o grande momento da degustação. O espaço foi dividido por regiões da Itália, e como não poderia ser diferente fui direto para Toscana, provar um poderoso Brunello.
Espaço hi-tech, mesclando tecnologia e tradição.
Toda a degustação foi supervisionada pela FISAR: Federazione Italiana Sommelier Albergatori Ristoratori. Pedi uma última recomendação sobre uma degustação final, e eis que o senhor da foto acima com uma voz rouca e abafada digna de Don Corleone diz: - Sicília... Sensacional!
Me recomendou um Mille e una Notte Donna Fugata, explendido, estreptozo!!! Com notas minerais adquiridas do Terroir Vulcânico do Etna, que aprendizado.
E quanto a comida? bom diria que tive muita sorte, pois era um tiro único, afinal só 3 dias e meio na Itália, como conhecer seus sabores seus encantos em tão pouco tempo? Somente seria possível se tudo isso estivesse reunido em um só lugar. E foi exatamente isso que a Expo me proporcionou: a Itália toda dentro de um só lugar, didaticamente divida no mesmo espaço.
O restaurante Eataly dominou a praça de alimentação, implantando no cardo transversal ao Decumano um espaço incrível com restaurantes regionais que expunham orgulhosamente o melhor da Ligúria, Lazio, Piemonte, Toscana, Emilia Romagna, Veneto, Calábria...meu Deus que duvida! Se pudesse experimentaria todos!