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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

BIODINÂMICOS


"Antes de ser bom, um vinho deve verdadeiramente manifestar as sutilezas de sua origem." Com essa declaração, o produtor francês Nicolas Joly, atual maior defensor da biodinâmica no mundo, resume perfeitamente a expressão particular dos vinhos biodinâmicos, que representam os conceitos ancestrais do cultivo dos vinhedos.

Por
Sonia Denicol


ESPUMANTE
Champagne Fleury Père & Fils (Champagne/França)
R$ 195 (De la Croix)

Elaborado com maestria por Jean Pierre Fleury com as clássicas Pinot Noir e Chardonnay, é um verdadeiro representante do "Champagne des Vignerons", refletindo com perfeição a magia de uma das regiões mais poéticas e admiradas da França. O champanhe Fleury alia a elegância peculiar dessa nobre bebida à força e à estrutura do paladar.

BRANCOS
Clos De la Coulée De Serrant Les Vieux Clos (Vale do Loire/França)
R$ 165 (Casa do Porto)

Nicolas Joly produz este agradável vinho com Chenin Blanc, de vinhedos localizados no Vale do Loire. Maior defensor do biodinamismo, fez renascerem as Apelações de Origem, que surgiram do desejo de preservar a expressão e a identidade particular de cada terroir de origem. Este exemplar é elegante, complexo, tem toques minerais e muita personalidade.

Deiss Alsace 2008 Domaine Marcel Deiss (Alsace/França)
US$ 35,90 (Mistral)

Este vinho é uma elaboração de diversas castas brancas tradicionais da Alsace e representa o verdadeiro estilo da região, com seus toques minerais e frutado marcante. É conduzido por um dos mais polêmicos e inspirados apologistas da biodinâmica, o produtor Jean-Michel Deiss, conhecido na Alsace como "Monsieur Terroir"

Dr. Bürklin-Wolf Riesling QbA Trocken 2006 (Alemanha)
US$ 43,75 (Mistral)

O "rei do Riesling seco alemão", como foi definido pela revista Gaut-Millau, Christian von Gurazade produz alguns dos mais fabulosos e típicos Rieslings da Alemanha. Seus grandes vinhos produzidos sob os conceitos da biodinâmica o fizeram declarar: "Estamos trazendo nossos preciosos solos de volta à vida e isso aparece de alguma forma nos vinhos". Este rótulo combina o aroma mineral típico da Riesling com ótima acidez e equilíbrio ao paladar.

Nikolaihof Wachau Wwf Grüner Veltliner Trocken (Áustria)
R$ 129 (Casa do Porto)

Nikolaihof é a mais antiga área de vinhos da Áustria, produzindo desde o tempo dos celtas. Os vinhos são elaborados sob rigorosos controles da agricultura orgânica e biodinâmica, com mínima interferência para obter o poder e a energia da planta. As produções são bem limitadas para elaborar vinhos de grande pureza e expressão.

TINTOS
Domaine Prieuré Roch Vosne Romanée "Les Clous" 2005 (Borgonha/França)
R$ 434 (World Wine)

Produzido com Pinot Noir colhida de vinhas de mais de 20 anos na região da Borgonha, é um vinho elegante, que traz todos os aromas típicos frutados e florais manifestados por essa casta na região. Henri-Frédéric Roch aprendeu o ofício da vinificação com Bernard Noblet, enólogo do Domaine de La Romanée-Conti, que o ajudou a compreender os benefícios do cultivo orgânico para as videiras e a optar pela aplicação dos conceitos biodinâmicos em seus vinhedos.

Alvaro Espinoza Antiyal 2006 (Chile)
R$ 256 (Casa do Porto)

O talentoso enólogo Alvaro Espinoza foi o precursor da cultura biodinâmica no Chile. Em uma pequena propriedade, aproveita-se de tudo o que a natureza oferece para produzir esse vinho de muita personalidade com as variedades de castas Carménère, Cabernet Sauvignon e Syrah. É um vinho de guarda que deve ser decantado para se apreciar toda sua intensa expressão.

Descendientes De J. Palacios Corullón 2005 (Espanha)
US$ 129,50 (Mistral)

Figura hoje entre os melhores vinhos tintos do país, produzido de vinhas muito velhas com a rara casta Mencia. Em poucas safras, foi capaz de produzir vinhos complexos, elegantes e com muita personalidade. Alvaro Palacios é um dos grandes nomes da Espanha. Já tradicional no Priorato, vem surpreendendo com suas produções na região de Bierzo.

Colomé Amalaya Malbec 2007 (Argentina)
R$ 43,90 (Decanter)

Na região de Salta, em vinhedos situados nas mais elevadas altitudes do mundo, o empresário e colecionador de arte suíço Donald Hess construiu uma sofisticada estrutura para produzir, sob conceitos biodinâmicos, alguns dos melhores vinhos da Argentina. Uma excelente relação qualidade-preço que oferece aos apreciadores a oportunidade de provar toda a pureza da tão apreciada Malbec.

Michel Chapoutier Châteauneuf-du-Pape La Bernardine (Rhône/França)
US$ 99,50 (Mistral)

Este é um dos poucos Châteauneuf-du-Pape produzidos com apenas duas castas: Grenache e Syrah. É marcado por uma grande complexidade aromática e agradável paladar. A paixão pela vinha e pelos vinhos e a consciência da necessidade de respeitar a terra e o terroir conduziram a Maison Chapoutier a adotar a cultura biodinâmica. A assinatura de seus vinhos está no toque particular gustativo de cada vinho, próprio de cada terroir.

Sonia Denicol é sommelière formada pelo Senac, onde atualmente é docente. É consultora de vinhos para consumidores finais e presidente da ASAA (Associação de Sommeliers - Alunos e Ex-Alunos do Senac)

Postado por Rodrigo Cacholi e Gildo Birardi.
materia retirada do site Divino